A Roma apresentou nesta quarta-feira (26) o projeto de construção de uma nova casa. Com uma curiosidade: a empresa de Nova York que a ajudou a planejar e que vai administrar as vendas de ingressos e camarotes, chamada Legends, pertence aos times americanos de beisebol New York Yankees e de futebol americano Dallas Cowboys.
A equipe italiana contratou a companhia para que ela fizesse um estudo sobre como poderiam ser vendidos espaços premium, segundo contou Todd Fleming, vice-presidente de vendas globais da Legends, à Bloomberg por telefone. “A Roma está tentando modernizar as práticas de negócios”. A empresa também presta serviços para o Manchester City, da Inglaterra, e é dona do New York City Football Club, da MLS, a liga de futebol dos Estados Unidos.
A Legends fez uma pesquisa com 65 mil torcedores em Roma para pensar o estádio como um negócio, segundo Fleming. A maior parte das questões que foram perguntadas aos torcedores tinha a ver com ativos mais luxuosos, como camarotes, suítes e cadeiras premium. Os resultados mostraram que os italianos, diferentemente dos americanos, não têm lá muito gosto por um camarote com 20 ou mais lugares, e sim por espaços premium com 12 cadeiras.
Hoje, a Roma joga no Estádio Olímpico de Roma, compartilhado com a Lazio, com capacidade para receber 73.261 pessoas. A equipe pretende trocá-lo por este novo estádio de 52 mil lugares com capacidade de expansão para 60 mil. Inspirado nos antigos coliseus, o nome dele por enquanto é Stadio della Roma.
Apesar de ser um dos clubes mais tradicionais da Itália, a Roma mal tem conseguido ficar entre as 20 maiores receitas do futebol europeu, e o menor poder econômico a deixou em segundo plano. Em 2012/2013, o balanço financeiro da equipe mostrou um faturamento de 124,7 milhões de euros, 7% superior aos 116 milhões de euros da temporada anterior. Um dos pontos fracos é receita com matchday, isto é, ingressos e tudo mais o que estiver ligado ao dia do jogo, justamente a que pode ser elevada com uma melhor gestão do estádio. Na temporada, esta fonte correspondeu a 17% do faturamento, atrás de comercial (30%) e televisão (53%).