A Copa do Mundo tem atrapalhado a Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro. O problema é o clima inflacionário que tomou conta do turismo carioca, e brasileiro, com a proximidade do Mundial. Com hospedagem mais cara na capital fluminense, a participação dos atletas de fora do Rio tem sido menor do que em outros anos. A organização da prova, então, buscou uma solução.
A principal medida realizada até o momento foi a campanha “Adote um corredor”. A organização da prova pede para que residentes cariocas deem hospedagem aos turistas atletas. Esse processo é feito em uma troca de informações feita via Facebook. “É uma prática comum no mundo inteiro. No Rio de Janeiro, foi feito muito em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude”, explicou Luzia Canepa, diretora de projetos da organizadora da prova Dream Factory.
O objetivo da organização é chegar a 22 mil participantes, dois mil a mais do que o número de atletas em 2013. Mas há um entrave para essa missão ser bem sucedida: as pessoas de fora do Rio representam de 60% a 70% dos corredores e essa porcentagem estava longe da realidade há um mês. Sem chegar a esse número, a meta estabelecida ficaria mais distante.
Com a campanha em vigor, houve um crescimento de 15% na procura por inscrições oriundas de outras cidades. Com o aumento, o número de pessoas fora do Rio já chega aos 60% do total, aproximando-se dos anos anteriores. Apesar da mudança na procura, a Dream Factory não consegue mensurar o quanto que a campanha foi responsável por isso.
A baixa procura se deve principalmente ao preço da hospedagem no Rio de Janeiro no mês de julho, como explicou Luzia Canepa: “Duas semanas depois da Copa do Mundo, a onda de altas nos preços ainda não terminou, e os hotéis ainda não baixaram os valores das hospedagens”.
A organização, que também disponibilizou no site oficial uma lista de lugar para ficar no Rio de Janeiro, não interfere na troca de mensagem do “Adote um corredor”. A ideia central é abrir um espaço e incentivar essa possibilidade entre os participantes.