A Budweiser é patrocinadora da Copa do Mundo desde 1986, no torneio que aconteceu no México. Com 28 anos de parceria no histórico, a marca se tornou um dos mais tradicionais apoiadores no torneio. No Brasil, no entanto, ela terá que dividir espaço com a Brahma e, no país-sede do Mundial, terá um papel secundário nas ativações.
A marca brasileira herdou o patrocínio à Fifa, já que em 2008 a InBev, que mantém a Brahma, adquiriu a cervejaria americana em uma negociação que passou dos US$ 50 bilhões. Na África do Sul, em 2010, a Brahma já fez uso de seus direitos no torneio, mas focado no Brasil. No país-sede, a Budweiser era centro das atenções.
Neste ano, será diferente, pelo menos para a Ambev no Brasil. Segundo o gerente corporativo para a Copa do Mundo da empresa, Marcelo Tucci, a popularização estará focada na marca brasileira. “Nossa estratégia é atuar de Norte a Sul do país, capitalizando nossas ações: promoções para pontos de venda e consumidores finais, inovações em produtos, eventos nos mais diferentes formatos, entre outros”, afirmou à Máquina do Esporte.
Isso não significa que a Budweiser será totalmente deixada de lado no Brasil. Além de ser vendida nos estádios, a cerveja será usada como marca premium, em pontos de venda mais nobres. Recentemente, por exemplo, a empresa fechou com a rede americana Outback para fazer ações promocionais durante a Copa do Mundo.
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Considerando as ações realizadas nos últimos anos, preterir a marca Brahma na Copa do Mundo não faria sentido. A Brahma mantém um histórico de patrocínio no futebol brasileiro e, mais recentemente, tem apostado em peso nos clubes. Hoje, são 33 equipes com aporte da marca, que também tem liderado o “Movimento por um futebol melhor”, organização que une diversas empresas para dar descontos a sócios-torcedores.
A Budweiser, por outro lado, chegou ao Brasil em 2011 como cerveja premium, focado no público jovem das classes A e B. Em patrocínio, esteve mais presente em eventos musicais do que esportivos. Ainda assim, o plano da Ambev para a marca americana é ambicioso: a ideia é dobrar a produção da cerveja em 2014.
Com a Copa do Mundo, a Brahma tem investido desde 2012 na campanha “Imagine a festa”, que tenta reverter o clima de pessimismo dos brasileiros com o Mundial. Mais recentemente, lançou o “Movimento 11”, uma brincadeira para anteceder o dia dos namorados, para que ele não coincida com a data da abertura do Mundial, no dia 12.
Nos estádios, a venda de cerveja estará centrada em três marcas: Budweiser, Brahma e Brahma 0,0%. “Queremos promover, de forma consciente e responsável, a alegria de milhares de torcedores dentro e fora dos estádios em um ano que será histórico para o Brasil”, finalizou Tucci.