A briga pelo uso de cartão de crédito na Copa do Mundo é intensa. Em 2007, a Visa substituiu a Mastercard no papel de patrocinadora oficial da Fifa, em uma negociação em que as polêmicas chegaram a derrubar Jérôme Valcke, então diretor de marketing, da entidade. Para as empresas, além do reconhecimento da marca no Mundial, há um relevante aumento do uso de cartões no país sede.
Para a Visa, o uso do cartão é o objetivo essencial da empresa. Com a Copa do Mundo, uma situação nova é apresentada. A oportunidade surge de um momento de compra que não existiria se não fosse o evento, tanto de turistas quanto dos próprios habitantes do país sede.
Na última Copa do Mundo, na África do Sul, a empresa divulgou que o uso de cartões Visa aumentou 70% entre os estrangeiros no país; foram gastos US$ 312 milhões com a bandeira da empresa, somente com pessoas de fora. No total, mesmo no período anterior ao torneio, no primeiro trimestre, a marca já havia apresentado alta de 34% no país africano.
Dentro dos eventos relacionados à Fifa, o uso de cartão estará restrito à Visa, uma das propriedades que a empresa mantém como patrocinadora da entidade. No restante das cidades-sede, obviamente, isso não acontece. Nesse momento, o trabalho é para aumentar o reconhecimento da marca durante a Copa do Mundo, além das vantagens do uso do cartão.
Para isso, a empresa tem apostado na variação entre campanhas massificadas e promoções envolvendo ingresso. A estratégia fica focada em três grandes pilares: mídia digital, mídia eletrônica, com campanha em televisão, e ponto de venda.
Com bom humor, a Visa incluiu o futebol nas campanhas “pagar com Visa é muito melhor”. Neste ano, convocou Zidane e o italiano Paolo Rossi para dizer que turistas são bem vindos. Na última semana, lançou vídeo com o conceito “Onde você quiser estar”.