O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, está tranqüilo para o anúncio do país que será sede da Copa do Mundo de 2014. Único candidato, o Brasil não deve ter surpresas nesta terça-feira, dia em que a Fifa divulgará o escolhido. No entanto, o dirigente tem uma preocupação: CPI. De acordo com ele, a entidade máxima do futebol não aceitará este tipo de ação. “Eu tenho visto várias entrevistas das pessoas que estão propondo a CPI e o projeto deles final é atingir a Copa de 2014 para saber como vai gastar, como não vai gastar, como que vai ser. Sejamos muito objetivos. (A Copa) é uma iniciativa privada. Então, isso definitivamente a Fifa não vai permitir”, afirmou Teixeira. O dirigente disse ao ?Terra? que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que pretende investigar lavagem de dinheiro no futebol, em especial no caso entre Corinthians e MSI, é apenas uma fachada. Ele destacou ainda que a entidade máxima do futebol poderá, a qualquer momento, tirar a Copa do Mundo do país, mesmo após o anúncio oficial. “Eu não vejo nenhum problema de fazer qualquer tipo de levantamento em qualquer tipo de coisa que seja importante no contexto de seriedade do nosso país. Mas, por favor, não usem subterfúgios para tentar politicamente atingir em específico a Copa de 2014. Nós temos sete anos para ela (a Copa) ser do Brasil”, declarou. Por este motivo, antes de viajar para a Suíça, Ricardo Teixeira trabalhou nos bastidores e conseguiu adiar a instalação da CPI, pelo menos para depois da escolha oficial da sede da competição. Agora, ele tem também outro desafio: acalmar as cidades que podem ficar fora da Copa 2014. “Nenhuma cidade das 18 está definida como sede. Assim como nenhuma está excluída. E tem de pensar que não tem só a Copa do Mundo. Tem o sorteio da Copa do Mundo, tem congresso para a Copa do Mundo. Tem Copa das Confederações. O evento Copa do Mundo é muito abrangente”, destacou Ricardo Teixeira.