Os Estados Unidos têm a cultura de acompanhar diversos esportes, mas o futebol nunca esteve no topo da preferência dos americanos. A situação, no entanto, tem mudado nos últimos anos, com o aumento da popularidade da seleção do país e com a consolidação da liga local, a MLS. Por trás das duas competições, está a transmissão da emissora ESPN.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o presidente da ESPN John Skipper mostrou otimismo com o apelo popular de um de seus produtos para o mercado americano. Em visita ao Brasil para acompanhar a Copa do Mundo, o executivo cravou: “O Estados Unidos estão se tornando o país do futebol. Não como o Brasil, não como a Europa. Mas tem crescido muito”, afirmou.
Segundo Skipper, em termos de negócios, essa é a maior Copa do Mundo da história para os Estados Unidos, com maior interesse da audiência, dos patrocinadores e dos anunciantes. Esse processo ainda é ajudado pelo horário das partidas do Mundial, que pela primeira vez desde 1994, quando os jogos foram no país, colocará as partidas em horário nobre.
Pela MLS, o movimento é de crescimento também. Nova York, por exemplo, terá mais um clube na próxima temporada; o time contará com David Villa e Frank Lampard. “A MLS funciona muito bem localmente, onde estão as equipes. Fora dessas cidades, nem tanto. Nova York é fantástica porque há muita gente de todo o mundo, então tem espaço para mais equipes”, comentou Skipper.
Alguns números corroboram para o otimismo do presidente da ESPN. Segundo a Nielsen, a audiência do futebol na televisão americana cresceu 24% entre 2009 e 2013. O investimento em anúncio televisivo na programação de futebol subiu de US$ 266 milhões em 2010 para US$ 378 milhões em 2013.