A Fifa proíbe a revenda de ingressos da Copa do Mundo. Mas o interese crescente das pessoas pelo tem feito com que torcedores ofereçam pagar até pelo menos o dobro do valor do ingresso mais caro de uma partida para conseguir estar dentro do estádio.
Do caminho da estação Corinthians-Itaquera de trem até as catracas da Arena Corinthians, onde o Uruguai bateu a Inglaterra por 2 a 1 na última quinta-feira (19), havia vários torcedores que clamavam por bilhetes para ver o jogo. Eles erguiam placas e papéis com os dizeres “Buy tickets” e “compro ingressos”. Havia até um rapaz de ascendência oriental que mostrava essas palavras e algumas animações coloridas em um tablet.
O preço mais comum entre os compradores de última hora era de R$ 750. Os ingressos da categoria 1, a mais nobre, valem R$ 350. As demais categorias custam R$ 270, R$ 180 e R$ 60, exclusiva para brasileiros. O “lucro” de pelo menos o dobro do valor pago pelo bilhete chegou a balançar alguns torcedores. “Se me dessem mais, eu venderia”, disse um rapaz enquanto caminhava em direção à arena.
A Fifa vem tentando combater o cambismo em parceria com a polícia brasileira. No Rio de Janeiro, duas pessoas foram presas com mais de 50 ingressos verdadeiros que receberam de indivíduos diferentes.
Só a entidade, por meio do site dela, pode vender tíquetes para a Copa. No Rio, a atuação livre de cambistas próximo ao Maracanã gerou problemas na última quarta-feira, no Chile x Espanha.