A disputa para o Brasil ser a sede da Copa de 2014 não teve concorrência. No entanto, nesta terça-feira, assim que a Fifa fizer o anúncio oficial sobre o país que receberá o mundial deve começar uma competição interna. O número de cidades já havia sido uma discussão. A Fifa quer oito ou dez sedes e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pleiteou 12, como já havia acontecido na Alemanha em 2006. Porém, 18 cidades se candidataram. O anúncio das escolhidas só acontecerá no fim de 2008. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já declarou que sua idéia é de que o jogo de abertura e a final sejam disputados entre São Paulo e Rio de Janeiro. Para o governador paulista José Serra, a decisão deve acontecer no Maracanã, com o Morumbi ficando com a estréia da competição. Para o governo de São Paulo, a cidade que tem a abertura da Copa do Mundo ganha mais do que a sede da final do campeonato. A partida inaugural atrai o congresso mundial que a Fifa sempre organiza nas vésperas do mundial e pode levar também o principal centro de mídia do evento. São Paulo deve encontrar pelo menos duas brigas nesse sentido. Outros três estados querem o jogo de abertura. José Roberto Arruda (DF) confia no novo estádio e no fato de a capital de um país-sede conseguir normalmente papel de destaque para levar a partida para Brasília. O trunfo de Eduardo Braga (AM), único governador que irá falar na apresentação na sede da Fifa, é o desejo do Brasil de organizar uma “Copa verde”. Aécio Neves (MG) promete que o Mineirão será o primeiro estádio pronto para o evento e também pleiteia a estréia. A outra disputa que São Paulo terá é com o Rio de Janeiro para receber os eventos adjacentes da Copa, como o centro de mídia, ser a sede oficial da Fifa no país, além de receber a Copa das Confederações de 2013. Neste sentido, o governador fluminense Sérgio Cabral saiu na frente, quando recebeu os inspetores da entidade máxima do futebol no Rio de Janeiro e ofereceu o Palácio Laranjeiras, sua residência oficial, para abrigar a comitiva do presidente da Fifa, Joseph Blatter.