Ainda faltam sete anos para a Copa do Mundo de 2014. Apesar da lacuna que separa a confirmação do Brasil como país-sede, realizada em Zurique nesta terça-feira, do início do torneio, o mercado publicitário já se mobiliza para entrar de cabeça no segundo maior evento esportivo do planeta. O primeiro anúncio de oportunidade virá do Governo. A Embratur deve iniciar, em breve, uma campanha publicitária internacional focada no torneio. Atualmente, o órgão ligado ao Ministério do Turismo veicula propagandas em Nova York, Portugal e Buenos Aires, orçadas em US$ 6 milhões (R$ 10,5 mi). ?A Copa do Mundo será uma grande oportunidade para vender turisticamente o país. É certo que vamos ter muitos turistas estrangeiros e, além disso, não se pode desprezar o turismo interno que, certamente, terá um papel de destaque durante o evento?, afirma Ivan Marques, sócio-diretor da F/Nazca Saatchi & Saatchi. Segundo o executivo, ainda não é possível fazer uma projeção dos números que serão movimentados pelo setor à época da competição. No entanto, a expectativa é de faturamento recorde com o Mundial brasileiro. ?É difícil fazer qualquer previsão com tamanha antecedência. Porém, se o Brasil continuar nessa curva de crescimento constante poderá ter uma resposta bastante positiva nos aspectos comerciais que envolvem uma Copa”, avalia Marques. ?As grandes marcas mundiais que sempre se envolvem nesse tipo de evento deverão manter suas posições por aqui?, completa. A Copa do Mundo da Alemanha, por exemplo, representou um salto significativo para a publicidade brasileira. Em 2006, o investimento nessa área alcançou R$ 19,3 bilhões, segundo levantamento feito pelo Grupo de Mídia de São Paulo. Neste ano, porém, os números devem sofrer uma baixa considerável, mesmo com a realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho. ?O movimento deste ano foi infinitamente menor se comparado ao do ano passado, quando observamos uma movimentação especial ligada à Copa do Mundo. Todo o clima da competição refletiu diretamente no desempenho do mercado. No Brasil, esporte é sinônimo de futebol e isso tem conseqüências para o mercado publicitário?, disse “ngelo Franzão Neto, presidente da entidade, em recente entrevista à Máquina do Esporte.