A polêmica estratégia adotada pelo Corinthians de elevar o valor cobrado pelo ingresso para suas partidas surtiu efeito. Pelo menos para os cofres do clube, que é responsável por 20% de toda a arrecadação de bilheteria do Campeonato Brasileiro.
Levantamento com os borderôs das 17 rodadas realizadas até agora no Nacional revela que os clubes faturaram R$ 80 milhões com a venda de ingressos. Desse montante, o Corinthians é responsável por R$ 16,9 milhões, pouco mais de 20% do total.
O ganho elevado do clube paulista está ligado diretamente ao novo estádio, inaugurado às vésperas da Copa do Mundo. Na Arena Corinthians, foram disputadas seis das dez partidas do time no campeonato. A arrecadação em bilheteria chegou a R$ 13,9 milhões, média de R$ 2,3 mi por partida. Em média, o torcedor paga R$ 71,93 para ver um jogo na Arena. Só para se ter uma ideia, o tíquete médio da competição é de R$ 31,85.
Em segundo lugar no ranking de faturamento está o Internacional, que arrecadou até agora R$ 7,6 milhões em nove partidas (média de R$ 842 mil por partida). Se apenas o reformado estádio do Beira-Rio entrasse na conta, os números são ainda melhores: R$ 7,3 milhões arrecadados em sete partidas (pouco mais de R$ 1 milhão por jogo).
O líder em público é o São Paulo, que leva em média 29.969 torcedores por partida. Mas, com uma política de ingressos mais baratos, o clube é o quinto em faturamento, tendo arrecadado até agora R$ 5,8 milhões. O time do Morumbi, porém, é o único entre os cinco primeiros que não possui estádio novo.
O clube que menos arrecadou em bilheteria até agora é o Figueirense. Foram apenas R$ 853 mil em oito partidas. Quem tem o menor tíquete médio é o Vitória, que cobra R$ 14,12 de seu torcedor pelo bilhete. O ingresso mais caro é do Atlético-PR, que está impedido de jogar com torcida em seu estádio. O clube paranaense fez apenas quatro jogos como mandante, em Florianópolis, Brasília e Maringá. Em média, cobrou R$ 64,87 do torcedor.
O único jogo que não está incluído na lista é Atlético-MG x Internacional, disputado no último domingo e que não teve o boletim financeiro divulgado pelo clube mineiro, contrariando o que manda o Estatuto do Torcedor.