Fila de imigração no aeroporto JFK, em Nova York. O funcionário começa a rir quando eu digo que sou jornalista esportivo. E faz a piada: “deve ter sido difícil na Copa do Mundo, hein?”. Na hora em que lembramos dos 7 a 1, ele faz novo gracejo: “melhor agora é pensar no tênis”.
A brincadeira do funcionário da imigração é um indício de que o futebol parece estar mais presente no cotidiano americano. Depois, nas ruas de Nova York, mais uma vez o soccer dá o ar da graça. Numa loja de esporte, a Puma coloca, bem na entrada, as novas camisas do Arsenal. Numa outra, de brinquedos, é a vez do New York Red Bull, New York City FC e Major League Soccer estamparem artigos infantis logo na entrada dos três andares da loja.
A presença mais sólida do futebol no cotidiano americano tem, aos poucos, mudado a relação das pessoas com o esporte. Na porta dos bares, além do anúncio de transmissão de eventos tipicamente americanos, como beisebol, as partidas da Liga dos Campeões da Europa são destacadas. Da mesma forma, nas lojas de artigos esportivos, há um aumento da oferta de produtos ligados ao futebol.
Nova York será a primeira cidade a abrigar duas equipes na MLS, a liga de futebol. Em 2015, NYCFC, espécie de franquia do Manchester City, passará a disputar a competição. No ano passado, a MLS teve média de 18.600 torcedores por partida, a terceira maior entre as ligas esportivas americanas, atrás apenas do futebol americano e do beisebol.