O movimento é cíclico. A cada cinco anos, mais ou menos, o mercado de fornecimento de uniforme no Brasil passa por uma espécie de readequação, mudando um pouco quem são os grandes protagonistas.
Em 2005, a entrada da Vulcabras com uma estratégia agressiva de precificação e distribuição de camisas nas lojas mexeu com um merca- do que ainda não olhava o potencial de compra do torcedor brasileiro.
Com o aumento da renda e o salto da classe C na economia, os clubes viveram uma era dourada. Os patrocínios, que tinham valores irrisórios, começaram a ganhar volume.
O período foi marcado pela Reebok, que mudou o mercado ao fazer de São Paulo e Inter os donos dos melhores contratos no país.
A entrada da marca da Vulcabras exigiu dos concorrentes melhora no atendimento aos clubes e na oferta das camisas ao mercado. Em 2007, com a escolha do Brasil para sede da Copa de 2014, as principais marcas vieram para cá com força total, especialmente após a Copa de 2010.
Agora, com a economia entrando em estagnação, o fornecimento de uniformes vive uma nova era. Sem ser tão rentável, ele passa por uma readequação. Acabou a era de ouro, começa a vir a profissionalização.
Para conseguir um bom contrato, o clube precisa ter vendas. As marcas nunca souberam fazer tão bem a conta antes do investimento.
O virtual campeão brasileiro não ter uma marca de renome mundial na camisa é prova dessa realidade.