O Marrocos renunciou oficialmente a organização da Copa Africana de Nações por causa da epidemia de ebola. O torneio estava previsto para ser realizado entre 17 de janeiro e 8 de fevereiro. As autoridades sanitárias e esportivas do país tinham reclamado, nos últimos dias, à Fifa para que o torneio fosse adiado para junho, para dar tempo de se encontrar alguma vacina eficaz contra o vírus. A competição tinha um público estimado de um milhão de torcedores, vindos principalmente dos países africanos.
A Fifa tinha reunião agendada para Argel para tomar uma decisão a respeito em 2 de novembro. O Marrocos, que chegou a aventar a hipótese de fazer jogos sem público por risco de contágio da doença, decidiu não esperar até essa data.
Apesar da desistência, o país confirmou a realização do Mundial de clubes da Fifa, entre 10 e 20 de dezembro, que terá o Real Madrid como principal estrela. Emílio Butragueño, responsável pelas relações institucionais do clube, esteve o Marrocos no último fim de semana para o sorteio das chaves. O ex-jogador manifestou “preocupação” do clube com a epidemia e que aguarda posicionamento das autoridades sanitárias. Nem o governo, nem a federação de futebol, porém, fala em adiar a competição, que terá também a presença de San Lorenzo (Argentina), time do papa, atual campeão da Libertadores da América.
A Fifa acredita que não há muitos países na África em condições de sediar o torneio. Por conta disso, cresce a chance de a competição ser cancelada.