A Real Federação Espanhola de Futebol teme uma queda de arrecadação por conta da desvalorização da equipe, após recentes fiascos. Os primeiros sintomas já apareceram. A entidade perdeu o patrocínio do Banesto, um banco do grupo Santander.
A relação entre federação e empresa já durava seis anos, período que coincidiu com as grandes conquistas da Fúria, com os títulos da Eurocopa (2012) e da Copa do Mundo (2010).
O contrato rendia € 3,5 milhões anuais, segundo fontes do setor.
O Santander, que absorveu o Banesto no final de 2012, descartou a renovação do contrato após o fiasco da seleção na Copa do Mundo do Brasil, em junho, quando a equipe não passou sequer da primeira fase.
De acordo com fontes da instituição financeira, o foco do Santander passou a ser os patrocínios na F-1 e no futebol sul-americano, onde chegou a deter os naming rights da Copa Libertadores.
A federação espanhola não conseguiu atrair novamente o interesse da Caixa, outro banco local, que patrocinou a seleção até 2008. A instituição financeira prefere focar seu patrocínio nos 11 clubes da primeira divisão e nos 7 da Série B com os quais possui parceria. A instituição financeira também apoia a seleção espanhola de basquete.
Sem um banco oficial, a diretoria da federação teme novas debandadas no final do ano por conta do mau desempenho recente da seleção e da crise que ainda atinge a Espanha. A lista de apoios, porém, ainda é vasta. Cruzcampo (cerveja), Iberdrola (energia), Movistar (telefonia) e Pelayo (seguros) são os patrocinadores oficiais. A Iberia é a transportadora oficial. Continental, ONCE, Sanitas, LG, Cabreiroa, Pedro del Hierro, SM e Carbures têm status de apoiadoras. Tudo isso garante o ingresso de € 50 milhões anuais na entidade.