Em 1998, Ronaldo e a Nike foram responsáveis por uma revolução no mercado de chuteiras de futebol. O modelo prateado vestido pelo então camisa 9 da seleção brasileira chocou o mundo pela inovação. Pela primeira vez alguém ousava vestir uma cor chamativa nos pés.
Cerca de 16 anos depois, a mesma Nike, agora com Cristiano Ronaldo, tenta refazer da cor preta uma regra dentro dos campos de futebol. No próximo sábado, dia 25, o atacante português do Real Madrid vai estrear o novo modelo da sua chuteira, exatamente no tão aguardado Superclássico contra o Barcelona.
Em vez das chamativas cores laranja, amarelo, azul e verde que dominaram os gramados brasileiros durante a Copa do Mundo, o modelo agora será predominantemente preto, com alguns detalhes prateados, que realçam aos olhos tanto quanto o logo da fabricante e a inscrição CR7, referente a Cristiano Ronaldo e o número da camisa que ele veste.
“Essa chuteira tem tudo a ver comigo: ela é elegante, bonita e brilha de um jeito totalmente diferente. Sempre gostei de experimentar novas chuteiras, coleções e cores. É claro que esse jogo, contra um time grande, será especial. Estou animado para jogar com essa chuteira que me deixa tão confortável”, afirmou protocolarmente o jogador em comunicado enviado pela Nike.
Se Ronaldo não saiu tanto das frases feitas para comentar sobre a chuteira, o mesmo não se pode dizer sobre a multinacional americana.
“O que fizemos foi criar uma maneira completamente nova de olhar para as chuteiras pretas. Esse modelo vai estabelecer um novo patamar dentro dos gramados”, disse Max Blau, vice-presidente global de calçados da Nike para futebol.
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A expectativa do executivo é de que o modelo caia nas graças do consumidor. Para isso, a Nike recorreu a seu principal garoto-propaganda no mundo da bola.
A estratégia repete o que a fabricante fez em março deste ano, quando Ronaldo foi o ícone para apresentar a chuteira que seria usada na Copa do Mundo. Até o evento de lançamento foi marcado para Madri, durante a disputa das semifinais da Liga dos Campeões da Europa. O jogador abriu uma janela no período de folga para atender mais de 400 jornalistas de todo o mundo na ocasião.
Se, na Copa do Mundo, a ideia de todas as marcas foi recorrer a cores chamativas para as marcas se destacarem, agora a Nike indica que o futuro é um pouco diferente.
“Queríamos criar esse efeito brilhante em campo e fazer algo que se destacasse no sol ou sob a luz dos holofotes. Mas foi necessário fazer várias versões para chegar ao visual certo”, afirmou Blau.
Se deu certo com o primeiro Ronaldo em 1998, não dá para acreditar que possa ser diferente com Cristiano Ronaldo em 2014.