Não é uma grande tradição – ainda – de empresas ativarem seus patrocínios a clubes no Brasil. Ainda assim, é estranho perceber como nem na publicidade convencional há essa associação, considerando que esse é um investimento constante das marcas que estão no futebol.
Mais estranho ainda é o fato de que isso não acontece em outras modalidades de patrocínio. Quem investe na seleção brasileira, por exemplo, pode passar anos sem uma ação de mínimo destaque com o time da CBF, mas certamente ela usará o time em sua comunicação convencional. Estará em anúncios em TV, jornais e também em mídia exterior.
Quando é clube, sumiço. Recentemente, houve pouquíssimas exceções. Em duas delas, há o uso de vários times patrocinados. Foi o caso da Caixa e da TIM, que possuem diversas equipes do futebol nacional.
Na Europa, isso é usado com bastante frequência. Para os clubes, isso tem uma importância significativa. Se para a empresa a publicidade é um modo de aumentar a associação com a equipe, no outro lado da corda fica uma maneira do próprio time se divulgar. Em grandes aeroportos do velho continente, por exemplo, é difícil não se deparar com anúncios envolvendo Manchester United, Barcelona, Paris Saint-Germain etc.
Provavelmente, o problema está na velha falácia da resistência de torcedores rivais. Talvez, para cair mais um tabu no marketing esportivo no Brasil, falte alguma marca ser mais ousada nesse sentido.