A emblemática conquista pelo Esporte Interativo dos direitos da Liga dos Campeões revela uma nova ordem no mercado de transmissão esportiva. A internet vem ganhando cada vez mais peso.
Dois fatores fazem com que a escolha da Uefa pelo EI não represente grande mudança.
O primeiro é o mercado de TV paga no país. Tendo ao lado o grupo Turner, o alcance do canal se torna praticamente igual ao de ESPN e SporTV.
O segundo é o próprio evento em si. A força da Liga dos Campeões no Brasil faz com que o torneio seja procurado pelo consumidor independentemente do veículo que o exiba.
O que muda realmente a situação é a força que o Esporte Interativo tem na internet e nos meios digitais. Desde a concepção do canal, em 2007, o foco foi promover o crescimento do EI em outras plataformas além da TV.
Isso transformou a empresa no maior colosso da internet entre as emissoras de TV do país. Além de líder no Facebook, com mais de 9,5 milhões de pessoas conectadas, o uso da plataforma de transmissão pelo EI Plus a coloca entre as mais modernas emissoras de esporte do mundo.
A maior revolução provocada pela internet é que o consumo se tornou sob medida. Na hora e local que a pessoa determinar, no meio que ela escolher. No Brasil, hoje, só há uma emissora que atenda a esses requisitos. A Uefa percebeu isso.