Capital do basquete brasileiro, Franca corre o risco de fechar o time que disputa o Novo Basquete Brasil, equivalente ao Campeonato Brasileiro da modalidade. A equipe conta com atividade ininterrupta há 60 anos. Mas, com o fim do patrocínio da Vivo, o time ficou sem verba para bancar a folha salarial e despesas gerais.
A verba da empresa de telefonia era de R$ 250 mil por mês, o que é considerado um valor médio para os padrões do basquete brasileiro. “Temos um time de bom nível, para chegar às finais do NBB, utilizando metade do que é gasto pelas principais potências”, afirma Mauro Bassi, vice-presidente do Franca Basquetebol Clube.
Hoje, para dar conta das despesas do clube, o Franca conta apenas com um pequeno apoio do Magazine Luiza. Não há fornecedor de uniforme, e o clube é obrigado a comprar seu material esportivo. Há apoio do governo municipal, mas cuja verba não pode ser revertida no pagamento de salários, que estão atrasados.
“Precisamos de um patrocinador máster para a camisa. Estamos conversando com algumas empresas, mas no momento ainda não temos nada concreto”, afirma Bassi.
A diretoria, que assumiu há cerca de um mês, fez um apelo nas redes sociais. A meta é colocar 4.000 torcedores por jogo, com ingressos pagos, no ginásio do Pedrocão. Franca possui população de cerca de 340 mil habitantes. “Estamos vivendo um momento decisivo na história do Franca Basquete. Chegamos à hora do popular ‘agora ou nunca’. E para que o maior e mais popular clube de basquete do país não encerre suas atividades, precisamos da força do povo, precisamos do apoio da apaixonada torcida francana”, afirmou o texto.
O clube tem até o sexto jogo no NBB para quitar suas obrigações trabalhistas. Caso não consiga, os jogadores têm o direito de deixar a equipe e atuar em outro clube no restante da liga. “A situação é preocupante, mas temos esperança de, com apoio da torcida e de um novo patrocinador, resolver tudo”, afirmou Bassi.