O calendário brasileiro está muito longe do ideal. Pré-temporada curta, excesso de jogos e concentração de datas. As partidas durante datas Fifa, no fim da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, são provas disso. Um dos desperdícios disso será mostrado em janeiro, quando alguns clubes aproveitarão de maneira mais interessante os dias que antecedem a temporada.
As datas livres, ainda que escassas, trarão possibilidades ricas aos clubes. Atuar nos Estados Unidos, contra times da Bundesliga, abre espaço para Corinthians e Fluminense fazerem ações diversas com seus torcedores e com novos públicos, pouco acostumados com a presença de equipes brasileiros.
Até a interação do Flamengo com públicos distantes do Rio de Janeiro deve ser apreciada. É neste momento, e não durante o Campeonato Brasileiro, que se deve pensar na aproximação desse grupo de consumidores. Além de financeiro, há uma ótima soma institucional.
É, na verdade, algo bastante simples e óbvio, mas que inexistia no futebol brasileiro dos últimos anos.
Só não pode cair na ilusão de que essa é uma oportunidade para conseguir torcedores fora do país. Para isso, o trabalho é mais complexo e envolve um produto mais forte e mais acessível ao público diverso. Basta lembrar que o Barcelona é o time estrangeiro mais popular do Brasil e não é exatamente um costumeiro visitante do país.