O controle da Arena Castelão, um dos novos estádios erguidos para a Copa do Mundo, virou caso de Justiça. Na última sexta-feira, o governo do Ceará decidiu retomar a gestão do estádio, retirando do controle o consórcio Luarenas (formado pela agência Lagardère e BWA).
No sábado, a empresa que gerencia o estádio afirmou que recorrerá à Justiça para acabar com a intevenção e retomar as operações no estádio cearense.
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O governo cearense alega que há “deficiências graves” na gestão, inclusive com riscos à segurança das pessoas.
Em sua defesa, a Luarenas diz ter já levado mais de 450 mil torcedores nos jogos administrados por ela no estádio.
Em entrevista à Máquina do Esporte antes da intervenção, o CEO da Luarenas, Aymeric Magne, revelou um começo ainda difícil na gestão do estádio.
“As empresas ainda estão assustadas. Elas mantêm a parte de mídia, e há menos para ações B2C e B2B. Mas as marcas estão mudando para algo novo, e arena é um lugar para tocar clientes”, afirmou Magne, explicando o foco da empresa de buscar os pacotes de hospitalidade para o estádio.
Uma das primeiras medidas tomadas pela Luarenas quando assumiu o estádio, em abril passado, foi acabar com a exclusividade do Ceará no espaço, ampliando o uso ao Fortaleza.
A intervenção do estádio por parte do governo do Ceará tem prazo inicial de 30 dias, podendo ser estendida por 180 dias.