A Nike abriu, nos últimos dias, suas duas primeiras lojas voltadas exclusivamente para o público feminino. A primeira foi inaugurada no dia 20 de novembro, em Newport Beach, na Califórnia. Na semana passada, Xangai, na China, foi a segunda cidade do mundo a ganhar um espaço voltado exclusivamente ao setor que mais cresce dentro do mercado de roupas esportivas.
“Essa nova loja é mais um exemplo de como nós queremos servir bem as mulheres no varejo. Nossa estratégia global é nos conectarmos com os consumidores”, afirma Heidi O’Neill, vice-presidente e gerente-geral de lojas da Nike, referindo-se à unidade de Xangai.
A loja norte-americana possui 6.000 metros quadrados, enquanto a filial chinesa ocupa espaço de 4.500 metros quadrados. Com isso, a Nike consolida duas estratégias muito caras no mercado de material esportivo nos últimos anos: o foco na Ásia e a disputa pelo mercado feminino. Para a inauguração da loja chinesa, a Nike escalou três atletas locais patrocinadas pela marca: To Yujia, campeã do 4 x 100 m nos Jogos Asiáticos-2014, Zhao Jing, ouro nos 800 m e 1.500 m nos Jogos Nacionais da China, e Jin Yuan, vice-campeã dos 3.000 m com obstáculos nos Jogos Asiáticos-2010.
Em abril, a multinacional norte-americana havia anunciado que a nova meta da marca seria aprimorar as vendas para as mulheres. Segundo especialistas no setor, o mercado masculino já está saturado. Resta investir nas mulheres que têm maior potencial de crescimento.
Na Nike, a expectativa é que as vendas para o público feminino subam de US$ 5 bilhões para US$ 7 bilhões em dois anos.
Na China, a Nike registrou vendas de US$ 2,6 bilhões em 2013, com um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. O faturamento da companhia no último ano fiscal, encerrado em maio, foi de US$ 27,8 bilhões, o que representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
Nos Estados Unidos, a disputa pelo mercado feminino anda acirrada entre a companhia e duas concorrentes fortes, a Under Armour, de Baltimore, e a Lululemon Athletica Inc., de Vancouver.