Os jogadores nacionais até que têm jogado mais nesta temporada do Campeonato Inglês. Mas a Premier League permanece como a mais internacionalizada entre as principais da Europa. Dos titulares das 20 equipes que disputam o torneio, 152 são estrangeiros (69%), enquanto apenas 68 nasceram no país-sede do torneio.
Pelo menos quando se leva em conta a participação em campo, contando as substituições, a representatividade local melhora. Segundo levantamento da BBC realizado em outubro, os ingleses representam 36,08% dos jogadores no gramado, contra 32,36% da temporada passada. É preciso levar em conta o Burnley, recém-promovido à primeira divisão, que havia usado apenas um estrangeiro nas rodadas iniciais do campeonato.
O Brasil não está entre as nações gringas que mais estiveram em campo na competição. Pela ordem, França (7,74%), Espanha (5,94%), Escócia (4,87%) e Argentina (4,3%) são as com maior representação. Os outros países representam 41,07%.
Há apenas 20 anos, os ingleses representavam 69% dos atletas inscritos no Campeonato Inglês. Com a abertura das fronteiras aos jogadores europeus, a partir da Lei Bosman, esse número caiu drasticamente.
O assunto gera preocupação entre a cartolagem. Como forma de tentar dar oportunidade ao talento local e fortalecer a seleção nacional, a federação inglesa divulgou em maio um plano que tem por objetivo que 45% dos jogadores sejam nascidos no país da Premier League até 2022. Nesse ano, a meta é que a Inglaterra tenha uma seleção capaz de disputar o título da Copa do Mundo do Qatar.
Entre as ideias lançadas está a proibição de que atletas não-comunitários possam atuar nas divisões inferiores da Inglaterra, e limitar a duas vagas por clube para esses atletas na divisão de elite. Outra seria a criação, em 2016, de uma Premier League B, que seria a quinta divisão do país, formada pelas equipes B de dez clubes da Premier League e dez times B de agremiações da segunda divisão.