David Beckham mudou a história recente do futebol ao ser o primeiro grande vendedor do futebol. Se Pelé foi o embaixador que popularizou o esporte pelo mundo, Beckham foi o primeiro a mostrar que há um mundo ávido por consumir futebol.
Em seu terceiro título de melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo parece mostrar que consegue ir além do que fez David Beckham.
Ambos têm o mesmo apelo para o público. São bonitos, vaidosos e, mais ainda, extremamente competitivos. Ronaldo conquista fãs e cala críticos a cada novo gol ou novo título conquistado em campo. O desempenho com a bola nos pés o ajuda a virar um mito ainda maior que Beckham, e esse talvez seja o grande diferencial do português.
Cristiano Ronaldo gosta de fazer o papel de protagonista. Diferentemente de Beckham, que gostava dos holofotes, mas temia claramente ter de enfrentar os microfones, o português genuinamente gosta de se expor, com suas virtudes e fraquezas.
O torcedor vê e sente em Cristiano Ronaldo um ídolo muito mais humano e próximo do que Beckham. E isso, para a popularização completa do futebol, é um tremendo aliado.
Pelé tentou conquistar a América, não conseguiu. Beckham achou que seria o desbravador. Chegou perto, mas talvez cinco anos antes da hora.
Cristiano Ronaldo é uma das molas propulsoras do futebol nos Estados Unidos. E deverá se tornar o maior ícone do futebol. Se não dentro, com certeza fora de campo.