A Penalty confirmou que vai deixar de ser o fornecedor de material esportivo do São Paulo a partir de maio, quando tem início o Campeonato Brasileiro.
A diretoria da fabricante disse à Máquina do Esporte que não seguirá no clube paulista, com quem tinha contrato até o fim deste ano. A marca será substituída pela americana Under Armour, que desde o ano passado passou a ter operação no Brasil.
Essa é a primeira vez que a atual fornecedora confirma o término do vínculo com o São Paulo. A troca do fornecedor ainda não foi oficializada pelo clube, que deverá fazê-la apenas próximo ao término do Campeonato Paulista, em abril.
A relação entre Penalty e São Paulo foi, desde o início, tumultuada. O clube chegou a notificar a empresa por falta de pagamento, em 2013, e esteve próximo de romper o contrato, mas manteve o acordo após os vencimentos terem sido pagos.
No ano passado, a polêmica girou em torno da camisa de despedida de Rogério Ceni. A Penalty confeccionou um uniforme especial para o goleiro e anunciou até evento para apresentar a camisa. Rogério, porém, desistiu da aposentadoria e atacou a marca por não ter lhe dito que faria o evento para mostrar a camisa. O episódio desgastou ainda mais a relação Penalty-São Paulo, e o rompimento foi então costurado.
A decisão de sair apenas em maio permite que a Penalty venda o estoque das camisas de 2015 que já haviam sido feitas, enquanto a Under Armour consegue produzir o novo uniforme a tempo do início do Brasileiro.
Mesmo tendo tido essa definição, o São Paulo ainda corre o risco de ter de pagar uma multa à Puma, com quem havia assinado um pré-contrato, que foi revelado pela Máquina do Esporte em dezembro passado.
A fabricante de origem alemã entrou com processo para ser ressarcida pelo fato de o São Paulo não ter mantido esse acordo assinado em setembro. O clube argumenta que o acordo era apenas um memorando de entendimentos.
Alheia à polêmica, a Under Armour aposta no São Paulo para ampliar a atuação na marca no Brasil. A empresa de origem americana repete, com o clube, a estratégia que adotou nos mercados da Inglaterra e do Chile.
Na Europa, a empresa pegou o Tottenham, clube que tem uma das maiores torcidas do país, e passou a ser o fornecedor de material esportivo. No Chile, o Colo-Colo passou a vestir a marca quando ela também começou a atuar no país.