Durante o Rio Open de tênis, disputado na última semana, Gustavo Kuerten mostrou que esbanja o fôlego dos tempos em que distribuía seus golpes pelas quadras. Desde o desfile no sambódromo, no domingo anterior ao evento, até a entrega da taça ao campeão David Ferrer, Guga foi o protagonista das ações fora de quadra.
O ex-jogador, que neste ano celebra os 15 anos de quando se tornou número 1 do mundo, fez ações para Correios e Claro, anunciou o patrocínio do Itaú e, também, aparições no Sportv.
Tudo isso faz parte de uma estratégia montada pela sua empresa para gerar negócios e potencializar a imagem de Guga. Com 32 pessoas trabalhando em torno de seus projetos, o ex-tenista tem três frentes distintas de atuação: a imagem comercial, que esteve em grande evidência na última semana, o lado social (por meio do Instituto Guga Kuerten) e uma rede franquias, principal aposta futura.
“Nossa maior missão na empresa Guga é perenizar a sua imagem, compartilhando seus atributos. E, com a escolinha, conseguimos unir tudo isso”, diz Rafael Kuerten, irmão de Guga e líder da empresa.
As escolas, para crianças de 5 a 10 anos, levam o nome de Guga e funcionam pelo sistema de franquias. Atualmente, são 23 unidades em oito estados e 14 cidades. É um projeto voltado para classes sociais mais altas, tentando disseminar a metodologia criada por Guga.
“A gente investiu muito nesse projeto. Pegou o modelo da ITF, fez uma adaptação para o Brasil e hoje temos uma taxa de 88% de satisfação dos alunos”, diz.
Segundo Rafael, geralmente a taxa de interesse do aluno em permanecer em escolas após um ano é de menos de 30%.
“A gente viu como era importante transformar aqueles que serão os transformadores. Se eu puder trazer valor para esse garoto, trazer a lembrança do Guga, isso vai fazer com que ele ajude a mudar lá na frente. Até mesmo o tênis será transformado”, afirma o executivo.
A ideia é, com a rede de escolas, também levar a marca de Guga para as crianças, que não eram nem nascidas quando ele era o número 1 do mundo.