A Copa do Mundo do Qatar, em 2022 será disputada em novembro e dezembro de acordo com o grupo de trabalho da Fifa encarregado de buscar datas alternativas para o torneio do país para fugir das altas temperaturas do país no verão.
“A única opção efetiva era a janela de novembro-dezembro”, afirmou a entidade, em comunicado oficial em que assegurou que a proposta foi apoiada pelas seis confederações continentais. As datas deverão ser confirmadas durante reunião do Comitê Executivo nos dias 19 e 20 de março. O novo formato irá obrigar a mudança de datas dos principais campeonatos nacionais europeus, assim como da Liga dos Campeões.
“Depois de um período de consultas de seis meses, o grupo de trabalho encarregado do calendário internacional entre 2018 e 2024 teve hoje em Doha sua terceira e última reunião, identificando que o período mais viável para o Mundial é entre fim de novembro e fim de dezembro”, afirmou a Fifa.
As datas exatas ainda não foram definidas, mas há um acordo que a Copa do Mundo seja mais enxuta, com menor duração.
O Qatar foi eleito em 2010 como sede da Copa do Mundo de 2022. Entre as cláusulas do contrato estava que o torneio teria que ser disputado nos meses habituais (junho e julho). Contudo, devido às altas temperaturas que se registram no país durante o verão, decidiu-se pela mudança. A decisão gerou polêmica com debates com as principais entidades esportivas, como o COI (Comitê Olímpico Internacional) ou a Uefa defendendo seus interesses.
Em busca do consenso, houve a elaboração de três propostas de datas alternativas: janeiro e fevereiro, abril e maio ou novembro e dezembro. A primeira data se chocaria com os Jogos de Inverno, que serão disputados em Almaty ou Pequim. Em 2 de abril tem início o Ramadã, o mês de jejum ritual do islamismo. Maio, que havia sido a proposta das grandes ligas europeias, também se revelou um mês inadequado, pois não fugiria do forte calor do verão qatari.
A reunião de Doha teve a presença de dirigentes da Fifa, confederações continentais e representantes das ligas e clubes europeus, além de Hassan Al Thawadi, presidente do comitê organizador do Mundial. Também foram ouvidas autoridades médicas.
O grupo de trabalho presidido pelo xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, membro do Comitê Executivo da Fifa e presidente da Confederação Asiática, propôs que a Copa não fosse disputada no Qatar, mas em outro país asiático em junho e julho. Como compensação, o país receberia outra competição no final de 2021, “provavelmente o Mundial de clubes”.