O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse nesta quarta-feira que os clubes envolvidos em casos de discriminação e racismo devem sofrer sanções mais severas, como perda de pontos e até o descenso. As declarações do dirigente foram feitas em Assunção, no Paraguai, em Congresso da Conmebbol.
“No momento em que tivermos a coragem de fazer isso, vai acabar a discriminação”, acredita o dirigente.
Casos de racismo têm sido frequentes em campos do mundo todo. Na América do Sul, o último caso aconteceu no Peru, quando o panamenho Luis Tejada, do Juan Aurich, abandonou a partida contra o Cienciano, em Cuzco, depois de sofrer insultos racistas da torcida rival.
Em jogo da Liga Europa, a torcida do Feyenoord jogou uma banana inflável em direção ao marfinense Gervinho, em jogo contra a Roma, na semana passada.
“O maior problema que vemos nos últimos dias é o racismo e a discriminação. Isso não podemos aceitar. Acredito que irá desaparecer algum dia, mas não é o suficiente. Precisamos mudar. Temos os regulamentos, mas não são aplicados no mundo inteiro”, afirmou o cartola.
Blatter aproveitou a visita para pedir o apoio das filiadas à Conmebol para a eleição à presidência da Fifa. O pleito está marcado para 29 de maio, em Zurique, na Suíça. O dirigente, que tenta o quinto mandato, enfrenta o português Luis Figo, o holandês Michael Van Praag e o jordaniano Ali bin Al Hussein. Os demais candidatos também estiveram presentes no evento da confederação sul-americana.