O Palmeiras tem a camisa mais valiosa do futebol brasileiro e, para conseguir isso, segue passos parecidos com os traçados pelo seu maior rival, o Corinthians, que hoje conta com apenas duas marcas na camisa.
Em 2011, o Grupo Hypermarcas ampliou o contrato com o Corinthians, que resolveu fatiar a camisa. A empresa ficou com o espaço máster, além dos ombros e até das axilas. O clube ainda contava com o Banco Pan-Americano na barra da camisa e o logotipo da TIM no número. Como resultado, chegou à almejada marca de R$ 50 milhões.
É exatamente a mesma coisa que fez o Palmeiras. Dessa vez, o grupo que ampliou a participação no uniforme foi a Crefisa, que colocou a FAM na barra da camisa e a própria Crefisa na gola. Com a TIM e a Prevent Senior, o abadá palmeirense também chegou aos R$ 50 milhões.
Assim como havia feito a Hypermarcas, a decisão da Crefisa não veio do marketing da empresa, mas sim da empolgação da entrada no futebol oriunda de sua cúpula mais alta da companhia.
O problema, no caso corintiano, foram os próximos passos. O retorno do investimento focado exclusivamente na exposição de marca no uniforme é limitado, especialmente se há uma série de outras marcas na camisa, o que divide a atenção do consumidor.
De forma geral, o ganho é baixo e, quando o dinheiro fica escasso, a saída é natural. Ao clube, fica uma camisa menos valorizada ao mercado.
Após a Hypermarcas, o Corinthians ficou quase um ano sem patrocínio máster, justamente no melhor momento de sua história, em 2012. Hoje, se não fosse um contrato longo da TIM, uma empresa estatal, a Caixa, seria uma marca totalmente solitária no uniforme.
Depois de contar os R$ 50 milhões, o longo prazo será o grande desafio da diretoria palmeirense.