Na última semana, o time de basquete Mogi das Cruzes/Helbor seguiu a estratégia de alguns rivais e lançou um plano de sócio-torcedor. As opções variam entre R$14,90 e R$ 249,90 ao mês e dão direito a todas as entradas de jogos do time, e haverá também uma rede de descontos em produtos diversos, graças a uma parceria com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes. Em 10 dias, 170 pessoas aderiram ao programa.
O plano de negócio, claro, lembra muito o modelo que virou moda no futebol brasileiro. E, assim como tem acontecido nos gramados, os sócios-torcedores têm tomado uma porcentagem importante entre os clubes que disputam o Novo Basquete Brasil. A diferença está no tempo das ações; nas quadras, o cenário ainda é novidade e é para poucas equipes.
O mais bem sucedido case até o momento é do Franca. A diretoria do time lançou o programa no fim de 2014, com esperança de arrecadar mais de R$ 200 mil por mês e suprir a ausência de um patrocínio máster, cargo ocupado pela Vivo por anos.
Não deu certo, mas o programa está longe de ser considerado um fracasso no interior paulista. Até a última sexta-feira, eram 987 membros no programa de sócio, o que, segundo o clube, gera cerca de R$ 35 mil ao mês. Se não substitui a Vivo, a verba é equivalente a um copatrocínio à equipe.
Outra equipe que tem conseguido diversificar o faturamento graças a um plano de sócio-torcedor é o Paschoalotto/Bauru, que chegou a interromper a venda do programa. “Nós estávamos preocupados porque chegamos a um terço do ginásio. Com isso, diminuímos o número de ingressos à venda e às vezes não lotava as arquibancadas e irritava os torcedores que ficavam fora”, explicou o gestor do projeto, Flávio Zambonato, à Máquina do Esporte.
Com a garantia de um novo ginásio em Bauru já em 2016, o programa teve uma reformulação de valores e voltou a ser comercializado recentemente. Hoje, são cerca de 700 membros que, assim como acontece com o Franca, geram uma receita equivalente a um copatrocínio.