Em processo de reformulação desde que estourou escândalo de desvio de verbas de patrocínio, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) definiu a criação de um cargo de CEO, que será responsável por comandar os novos procedimentos da entidade. E o escolhido para o cargo é Ricardo Trade, que foi diretor geral da Copa do Mundo de 2014.
Trade foi convidado pelo atual presidente da entidade, Walter Toroca Pitombo Laranjeiras, após o estudo de reestruturação da confederação ter sido feito pela Fundação Getúlio Vargas.
O executivo tem como principal missão resgatar a credibilidade da CBV, abalada desde que foram revelados contratos de intermediação de patrocínio que levou a uma auditoria feita pela CGU em cima das contas da entidade e que causou a suspensão temporária do patrocínio do Banco do Brasil à confederação.
“Estou muito feliz de voltar a minha casa. Afinal, tenho uma grande história ali”, afirmou Trade à Máquina do Esporte.
Ele começou a carreira fora das quadras (havia sido goleiro de handebol) como preparador físico e trabalhou nas seleções feminina e masculina de vôlei. Agora, o desafio é outro, segundo ele.
“Vamos buscar ainda mais excelência administrativa e melhorar ainda mais a governança da CBV. Além, claro, de dar condições às equipes e atletas para buscarem as seis medalhas olímpicas”.
Com a confirmação dele no cargo, houve uma dança das cadeiras no Ministério do Esporte. Em fevereiro último, Trade havia sido empossado como novo secretário nacional de alto rendimento, no lugar de Ricardo Leyser. Com sua saída um mês após a nomeação, a pasta sofreu alterações.
Carlos Geraldo, que era secretário nacional de esporte, educação, lazer e inclusão social, passa a ocupar o alto rendimento. Em seu lugar assume Evandro Garla.
“O ministro George Hilton e o Ricardo Leyser foram fora de série comigo nesse processo”, finalizou Trade, que nesta quinta-feira já tem agenda de reuniões sobre a CBV.