Desde o início do ano, a Vitton 44 se transformou numa espécie de mecenas do futebol do Rio de Janeiro. Por meio das marcas Guaravita, Guaraviton e Matte Viton, a empresa comandada por Neville Proa passou a dominar as camisas dos principais times do Estado. Nesta quinta-feira, fará a assinatura com o único clube que faltava entre os grandes: o Vasco.
Até dezembro de 2016, a marca da Guaraviton estará nas mangas do uniforme vascaíno, em investimento de cerca de R$ 15 milhões.
Por trás desse investimento no futebol do Rio (a marca está nas costas da camisa do Flamengo, na cota máster e mangas do Fluminense e no estádio Maracanã) há um interesse de Neville Proa, dono da Vitton 44: vendê-la.
Recentemente, em entrevista à revista Exame, Proa confirmou que pretende encontrar um comprador para a empresa, já que não deve conseguir fazer com que seu filho herde a companhia, já que ainda não tem idade para isso. Dessa forma, o investimento no futebol torna-se uma plataforma para ampliar a exposição da marca e atrair possíveis compradores.
A estratégia é similar à adotada pela Medial Saúde em 2008, quando patrocinou o Corinthians. No ano seguinte, a empresa acertou sua venda para o Grupo Amil.
A confirmação do patrocínio da Vitton 44 ao Vasco representa o fim do vínculo da empresa com o Botafogo, curiosamente o primeiro time a fechar com a marca.
Com o acerto, o Vasco passa a se concentrar agora apenas na renovação do vínculo com a Caixa, que é patrocinadora máster do clube, mas que está sem pagá-lo, já que o acordo acabou, o clube não tinha a certidão negativa de débitos para receber da estatal e, agora, tenta uma renovação.
No ano passado, quando disputou a Série B do Brasileirão, o Vasco recebeu R$ 15 milhões por dez meses de compromisso. Para 2015, pediu R$ 18 milhões pelo ano inteiro. A valorização também se deve ao retorno do clube à divisão de elite do país. A proposta está sendo analisada.