Sem conseguir manter um presidente na Autoridade Pública Olímpica (APO), o governo federal quer uma das mais influentes personalidades da política esportiva no Brasil para o cargo.
A ex-jogadora de vôlei e atual presidente da Atletas Pelo Brasil foi convidada para substituir o general Fernando Azevedo e Silva, que em fevereiro deixou a APO.
Ana Moser ainda não deu uma resposta para o governo. Ela ainda estuda se aceita o convite. Voz dissonante dentro da discussão olímpica, Ana costuma defender a instauração de uma política pública esportiva mais sólida no país.
Idealizadora do Instituto Esporte & Educação, Ana Moser faz um trabalho social para inclusão a partir do esporte a crianças carentes que já atendeu mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o país e tem parceria com a ONU.
O convite à APO é uma forma do governo de ter a influência de Ana Moser a seu lado na discussão do andamento das obras das Olimpíadas. A autoridade tem como objetivo fazer a integração de todas as esferas públicas envolvidas com os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
Até agora, porém, a APO tem tido dificuldades para desenvolver seu papel. Caso Ana Moser aceite o convite, ela será a terceira pessoa a ocupar a presidência da APO. Márcio Fortes, ex-ministro das Cidades, foi o primeiro presidente, ficando dois anos no cargo. Em seu lugar entrou Fernando Azevedo e Silva, que saiu depois de pouco mais de um ano.
Atualmente, a prefeitura do Rio de Janeiro é quem assumiu a liderança das obras olímpicas. O prefeito Eduardo Paes é quem tem sido o líder nessas questões.