Se tecnicamente passou longe de ser a “luta do século”, o combate da noite de sábado entre os boxeadores Floyd Mayweather e Manny Pacquiao mostrou que pode ter sido o grande negócio do esporte dos últimos cem anos.
Apenas com venda de ingressos a luta gerou US$ 74 milhões, ou US$ 14 mi a mais do que a última edição do Super Bowl. As entradas se esgotaram em apenas 2 minutos pela internet. Mas apenas 1.000 foram comercializadas a valores entre US$ 1.500 e US$ 7.500.
Os 15.500 bilhetes restantes estavam nas mãos de patrocinadores do evento, disputado no MGM Casino, em Las Vegas (EUA). Horas após as entradas se esgotarem, cambistas tentavam revender lugares por até US$ 351 mil, aumento de mais de 4.500% sobre o preço original.
Para sediar o evento, o MGM Casino pagou US$ 40 milhões. Pelo privilégio de ocupar o centro do ringue, a marca de cerveja Tecate desembolsou US$ 5,6 milhões.
Pela TV, a Repucom calcula que a luta arrecadou, só com vendas de pacotes de pay-per-view, US$ 300 milhões nos EUA, Canadá e Porto Rico. Cerca de 3,8 milhões de lares pagaram para ver a luta. Nos EUA, principal comprador, o valor foi de US$ 99. No Brasil, foi R$ 90.
A perspectiva de faturamento de mais de US$ 500 milhões levou Mayweather a brincar, nas redes sociais, que MGM queria dizer “Mayweather Get Money” (Mayweather ganha dinheiro).
O americano, que venceu o duelo, é conhecido por ostentar sua riqueza, postando fotos de coleção de carros de luxo e pilhas de dólares que recebe por lutas.
Mesmo sem a arrecadação total ter sido oficialmente divulgada, Mayweather já tinha assegurada bolsa de US$ 180 milhões (R$ 540 milhões). Derrotado em decisão polêmica dos jurados, Pacquiao levou para casa US$ 120 milhões.
A controversa decisão do vencedor gerou a expectativa de que haja uma revanche. Um alento e tanto para um esporte que havia deixado as manchetes. E a expectativa de nova “Luta do Século”.