Em 21 de maio de 2013, a Sadia foi apresentada como patrocinadora dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Menos de um mês depois, a marca ocupou o lugar que era da concorrente Seara na seleção brasileira, num acordo de dez anos com a CBF. Em janeiro de 2014, a empresa passou a dar nome para a Copa do Brasil, segunda maior competição do futebol brasileiro.
Paralelamente, a marca da Sadia estava ligada às confederações de ginástica, natação e judô, três candidatas à conquista de medalhas nas Olimpíadas Rio-2016.
Hoje, dois anos depois, a Sadia, sem qualquer alarde, vai deixando os patrocínios. O contrato com a ginástica não foi renovado. Na última semana acabou o vínculo com a Confederação Brasileira de Judô. Em outubro, é a vez de vencer o contrato com a natação.
O recuo da empresa tem a ver com dois fatores. O primeiro, interno, é a mudança de política dentro da própria empresa. A saída de Claudio Galeazzi da presidência global da BRF, em janeiro deste ano, fez com que muitos projetos esportivos fossem revistos. Galeazzi era braço-direito de Abilio Diniz, maior responsável pelo investimento no esporte desde 2013, quando assumiu a presidência do conselho da BRF.
Sob nova direção, a Sadia decidiu reduzir o custo dos patrocínios esportivos, na casa dos R$ 80 milhões anuais. Isso leva ao segundo fator de saída: redução dos custos para reduzir prejuízo.
Desde o final de 2014 que a marca tem avisado os patrocinados sobre a saída do esporte. A única plataforma “intocada” é a dos Jogos Olímpicos, pelo qual a marca pagou R$ 100 milhões.
Os acordos com a CBF têm sido rediscutidos. A saída da Copa do Brasil só deve ocorrer no ano que vem, quando o contrato termina. A multa rescisória alta e em dólares dificulta a antecipação do fim do contrato com a seleção.
A Sadia não foi localizada para comentar sobre a mudança de posicionamento. As confederações também não comentaram.