A Adidas veio a público se manifestar contra os rumores que apontavam sua retirada do mercado de clubes da América Latina. A notícia explodiu na Argentina nesta semana como consequência do interesse da Under Armour em fornecer uniformes ao River Plate a partir de 2017, quando se encerra o atual contrato da equipe de Nuñez com a fabricante alemã.
Segundo o diário Clarín, a atual fabricante de material esportivo do São Paulo estaria em busca de uma equipe para exibir a sua marca e abrir o mercado portenho, a exemplo do que fez no Brasil, Chile (Colo Colo), Inglaterra (Tottenham) e Holanda (AZ Alkmaar). O fim do acordo de 33 anos com o River Plate faria a Adidas focar seus investimentos na Europa, em função da desvantagem de câmbio nos países latino-americanos, ainda de acordo com o veículo argentino.
“Não vamos sair. A América Latina se tornou um motor de crescimento para a marca. O continente liderou o nosso recorde global de vendas relacionadas ao futebol em 2014 com a Copa do Mundo. Além disso, a América Latina é uma grande fonte de produção para o grupo, contando atualmente com fábricas em Argentina, Brasil, Honduras, México, Guatemala, El Salvador, Chile, Colômbia, Paraguai e Costa Rica”, afirmou Herbert Hainer, CEO da Adidas.
O contrato´entre River Plate e Adidas foi renovado pela última vez em 2012 com validade de cinco anos. O valor causou polêmica à época da negociação: US$ 6,5 milhões, US$ 2 milhões a menos do que ofereceu a Nike para fabricar os uniformes do time do meia Carlos Sánchez. O clube preferiu manter a parceria longeva com a marca das três listras.
Além do River Plate, a Adidas tem contrato com o Estudiantes na Argentina. No Brasil, a marca é a fornecedora de material esportivo de cinco clubes da Série A do Campeonato Brasileiro: Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Ponte Preta e Sport.
Impulsionada pela Copa do Mundo de 2014, a Adidas apresentou lucro de € 221 milhões no primeiro trimestre de 2015, número 8% superior aos € 204 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.