Em abril deste ano, o aplicativo Easy Taxi fechou acordo com o Movimento por um Futebol Melhor e se tornou mais uma empresa a oferecer descontos aos sócios-torcedores de diversos clubes brasileiros. O programa para chamar táxis, uma novidade que rapidamente se espalhou pelas cidades do país, estava sozinho no meio do futebol. No entanto, seu principal concorrente resolveu apostar pesado no segmento.
Na última terça-feira, o 99Taxis anunciou mais um patrocínio a um clube brasileiro. Após investir no Sport, Botafogo e Cruzeiro, a empresa injetou mais de R$ 3 milhões para colocar a marca no ombro do uniforme do Corinthians, até o fim do ano. Antes, a companhia já havia feito aportes pontuais no futebol.
Ainda assim, há uma peculiaridade nos dois casos: as estratégias traçadas foram distintas. Puxar um concorrente após um investimento no esporte é algo corriqueiro nesse mercado. Normalmente, os planos se parecem bastante.
A Máquina do Esporte conversou com o CEO da Easy Taxi no Brasil, Leo Tang, para entender o plano da empresa no esporte. “Nós escolhemos o futebol porque é a paixão nacional, e essa é a ação que iria tocar o maior número de pessoas no país. O Movimento por um Futebol Melhor não limita a uma torcida, ele não tem ‘partido’”, explicou.
Se o aumento da experiência de uso foi algo fundamental para os investimentos da Easy Taxi, a 99Taxis pensou diferente. Há uma semana, quando a empresa fechou patrocínio com o Cruzeiro, o gerente de operações da companhia, Pedro Somma, foi categórico: “Entramos no futebol para termos mídia de marca”.
Com essa aposta distinta, os futuros das duas empresas no esporte também estão em lados diferentes. Segundo Tang, a Easy Taxi não tem nenhum plano, por ora, de ampliar a participação da empresa no meio esportivo.
Por outro lado, com o foco em tornar a marca 99Taxis mais conhecida entre os consumidores, o mercado esportivo permanece aberto para a empresa. O tempo é que pode ser menor. Os contratos assinados têm validade até o fim do ano. Caso obtenha os resultados almejados, não haveria razão para permanecer com investimentos tão altos.
