José Maria Marin e Marco Polo Del Nero passaram os últimos dois anos quase sempre juntos após a renúncia do antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. Agora, o atual chefe da entidade, Del Nero, quer distância de seus antecessores.
Após a prisão de José Maria Marin, na Suíça, a CBF logo de pronunciou. A entidade se colocou a favor das investigações e fez questão de ressaltar que, a partir da gestão de Del Nero, existe um “compromisso com a verdade e a transparência”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Del Nero foi além. Admitiu que os escândalos são “péssimos” para a imagem da CBF, mas ligou Teixeira às denúncias desta quarta-feira. “São contratos firmados antes da administração de Marin”, afirmou ao jornal.
A referência do dirigente está nas acusações da FBI que relatam corrupção em acordos comerciais da entidade. Nas negociações envolvendo patrocinadores, haveria pagamento de suborno aos dirigentes.
Sem seu nome citado diretamente, por ora, Del Nero tem tentado se desvencilhar dos escândalos. O dirigente, no entanto, foi o presidente em exercício quando Marin, vice de Teixeira, assumiu o poder.
Del Nero não atendeu às ligações da reportagem.
Leia a resposta da CBF na íntegra:
“Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação.
A entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente.
A nova gestão da CBF, iniciada no dia 16 de abril de 2015, reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência.”
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