Marco Polo del Nero, presidente da CBF, não estará presente na escolha do novo presidente da Fifa, nesta sexta-feira. Ele deixou, um dia antes, a cidade de Zurique, onde acontece a eleição, para regressar ao Brasil.
Membro do Comitê Executivo da Fifa, o dirigente não teria direito a voto no pleito, mas mesmo assim ele costuma ficar no Congresso da entidade até o final.
Sem Del Nero, o Brasil será representado pelos presidentes da Federação Goiana, André Pitta, e da Cearense, Mauro Carmélio.
A volta do dirigente ao país tem ligação direta com a crise instaurada na CBF após a prisão de seu antigo presidente José Maria Marin. Del Nero ficará à frente da crise na entidade e tentará conter a instauração de CPIs, no Congresso e no Senado, para apurar irregularidades no comando do futebol nacional.
Por enquanto, Del Nero não foi citado diretamente nas investigações do FBI sobre fraude, extorsão e lavagem de dinheiro. No entanto, o inquérito sugere que J. Hawilla, da Traffic, teria pagado propina não só para Marin, mas para outros dois integrantes da CBF pelos direitos comerciais da Copa do Brasil, que estavam em poder da agência de marketing esportivo. Os nomes seriam de Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero.
Ontem, a CBF procurou ao máximo blindar seu presidente e desvinculá-lo da atuação de José Maria Marin, a quem Del Nero sucedeu no mês passado. A sede da CBF, inaugurada no ano passado, tinha o nome do ex-presidente. A homenagem foi retirada.
A confederação disse após a prisão de Marin que seguiria determinação da Fifa, afastando o dirigente “do seu quadro diretivo até a conclusão do processo”