O ex-secretário-geral da Concacaf (Confederação da América do Norte e Central e do Caribe), Chuck Blazer, admitiu, em depoimento ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que recebeu propina para votar na África do Sul em eleição para sede do Mundial.
“Eu e outros [membros] do Comitê Executivo da Fifa concordamos em aceitar propinas durante a eleição da África do Sul como país-sede da Copa do Mundo de 2010”, afirmou o dirigente.
Uma transferência bancária de US$ 10 milhões, feita pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi detectada pelas investigações dos EUA. O dinheiro deixou uma agência suíça do Bank of America e caiu em uma conta de Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, em Nova York. A verba seria destinada a pagamento de propina pela votação na África do Sul a sede da Copa de 2010.
A revelação do caso, feita pelo jornal New York Times na segunda-feira, aumentou a pressão sobre Joseph Blatter, que renunciou ao mandato à frente da Fifa no dia seguinte.
Blazer chegou a ser preso em Nova York por causa de dívidas de US$ 11 milhões com a Receita Federal. Questionado pelas autoridades, ele aceitou colaborar com as denúncias em troca da liberdade.