O Brasil terá delegação recorde em uma edição dos Jogos Pan-Americanos no exterior. A equipe brasileira terá 600 atletas, apenas 60 a menos do que no Pan do Rio-2007. Para se ter uma ideia, é um aumento de 16,5% em relação à equipe que foi a Guadalajara-2011. O custo da participação brasileira é de R$ 10 milhões, que será bancado através de verba da Lei Piva.
No Canadá, o grupo irá disputar medalha em 46 modalidades. O Brasil irá competir em todos os esportes olímpicos e em seis modalidades exclusivas do Pan-Americano (boliche, caratê, esqui aquático, patinação artística, softbol e squash). O país ficará de fora de beisebol, hóquei sobre grama (feminino), raquetebol e patinação velocidade.
A delegação total do Brasil terá quase 1.000 pessoas, entre atletas, técnicos, médicos, fisioterapeutas e dirigentes.
Entre os destaques da equipe estão o bicampeão olímpico Robert Scheidt (vela), os medalhistas olímpicos Mayra Aguiar, Felipe Kitadai, Rafael Silva e Tiago Camilo (judô), Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda (hipismo), Thiago Pereira (natação), Yane Marques (pentatlo moderno) e mais seis jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol, entre as quais Formiga e Cristiane.
Basquete, ginástica artística, rúgbi e vôlei será divulgada em breve pelas confederações de cada modalidade.
Entre os jovens promissores estão Marcus Vinícius D’Almeida (tiro com arco) e Matheus Santana (natação), Hugo Calderano (tênis de mesa), Orlando Luz e Marcelo Zormann (tênis), todos medalhistas dos Jogos Olímpicos da Juventude. Outro jovem talento, Isaquias Queiroz, campeão mundial de canoagem velocidade, também irá competir no Canadá. A delegação terá ainda a seleção feminina campeã mundial de handebol.
Outro destaque é Thiago Pereira, que tentará superar o recorde de pódios de Gustavo Borges em Pans. O nadador fluminense conta com 18 medalhas na história do evento, uma a menos do que Borges. Ele já é o dono de mais ouros na competição, com 12 conquistas. Caso acumule 5 medalhas, também se tornará o detentor de mais pódios em Pans, ultrapassando o ginasta cubano Erick López, que tem 22.
“O COB levará a Toronto uma grande estrutura a fim de dar total apoio aos atletas. Certamente essa competição irá motivar ainda mais a todos para os Jogos Olímpicos do Rio-2016”, afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.
As metas do COB são colocar o Brasil entre os três primeiros colocados no quadro total de medalhas das modalidades olímpicas. Outro objetivo é superar o total de medalhas obtidos em Guadalajara-2011 (141 pódios, sendo 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze). A melhor participação do Brasil na história foi no Rio-2007, com 157 medalhas (52 ouros, 40 pratas e 65 bronzes).