Após 14 anos, o Senado brasileiro terá uma nova CPI do Futebol. A casa abriu, nesta terça-feira, investigação para averiguar a CBF. Para dirigir a comissão, o ex-jogador e crítico severo da gestão de Marco Polo Del Nero foi eleito: Romário.
Por outro lado, o PMDB colocou Romero Jucá (RR) para ser o relator da CPI, o que gerou o primeiro desconforto da comissão. O problema é que Jucá é ligado ao grupo político de José Sarney, pai Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF.
Se Jucá pode ser um pilar que alivie a CBF, Romário prometeu pressionar a entidade. O senador do PSB do Rio de Janeiro afirmou que irá pedir a quebra de sigilo da confederação brasileira, de clubes, de dirigentes e de presidentes de entidades esportivas.
“Vamos investigar crimes que envolvam lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, corrupção, extorsão, evasão de divisas e possivelmente outros crimes que ainda não conhecemos”, comentou Romário em sua página do Facebook.
A CPI do Futebol tomou forma após a prisão de José Maria Marin, na Suíça. Marin foi presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. O dirigente é acusado de pagar e receber propinas em explorações comerciais de torneios esportivos.
Essa é a segunda vez em uma semana que o esporte ganha protagonismo no Senado. Na segunda-feira, a MP do Futebol foi aprovada pelos membros da casa. Romário, por sinal, votou contra. O ex-jogador declarou não ter concordado com as mudanças no texto promovidas pela Câmara.