O COI (Comitê Olímpico Internacional) espera arrecadar o valor recorde com direitos de TV no próximo ciclo olímpico, que engloba os Jogos de Inverno de Pyeongchang (Coreia do Sul), em 2018, e os Jogos de Verão de Tóquio (Japão), dois anos depois.
Seminário de marketing dos organizadores de Pyeongchang-2018
No atual quadriênio olímpico, que irá se encerrar com a Olimpíada do Rio de Janeiro, no ano que vem, o COI arrecadou US$ 4,1 bilhões (R$ 12,8 bilhões) com a venda de direitos de transmissão. Esse valor já foi igualado pelo comitê para o próximo ciclo olímpico faltando dois anos e meio para a competição sul-coreana.
A expectativa dos dirigentes do COI é arrecadar US$ 4,5 bilhões (R$ 14 bilhões), o que representa um crescimento de quase 10% em um momento de retração econômica em boa parte do mundo. Direitos para boa parte do planeta ainda não foram negociados, como Rússia, Índia, Oriente Médio e América Latina (incluindo o Brasil).
Com os dois principais eventos olímpico sendo realizados na Ásia, não é surpresa que os direitos de transmissão mais caros tenham sido negociados por lá. O Japão comprou os eventos por US$ 550 milhões (R$ 1,71 bilhão), a China desembolsou US$ 220 milhões (R$ 687 milhões), enquanto a Coreia do Sul investiu US$ 80 milhões (R$ 250 milhões).
A Europa gerou ingresso de US$ 1,5 bilhão (R$ 4,68 bilhões) apenas com o contrato da Discovery Communications válido por dois ciclos olímpicos (2017-2024). No entanto, apesar disso, a participação do continente nas finanças do COI para o próximo quadriênio olímpico ficará abaixo do US$ 1 bilhão (R$ 3,12 bilhões) arrecadado com os Jogos de Sochi-2014 e Rio-2016.
A NBC, por sua vez, concordou pagar US$ 2,38 bilhões (R$ 7,43 bilhões) por Pyeongchang-2018 e Tóquio-2020. No ano passado, a emissora detentora dos direitos nos EUA, assinou contrato de US$ 7,65 bilhões (R$ 23,9 bilhões) para manter em sua grade a competição até 2032.
A BCC pagou US$ 117 milhões (R$ 365,4 milhões) pelos direitos dos Jogos de Inverno-2018 e de Verão-2020 para o Reino Unido. No Canadá, CBC (emissora pública) e Radio-Canadá dividem os direitos por cerca de US$ 90 milhões (R$ 281 milhões).
