Os números apenas confirmam um sentimento que toma cada vez mais conta do torcedor. O primeiro Brasileirão pós-7a1, está se saindo bem melhor do que a encomenda.
São partidas bem disputadas, equipes motivadas e arrumadas, muitas boas chances criadas durante um jogo, gols bonitos, defesas incríveis. E, na tabela, um grande equilíbrio.
O Brasileirão empolga, mas tudo o que se ganha extracampo pode ser creditado mais ao acaso do que qualquer fruto de uma estratégia montada pela CBF (isso existe?).
O melhor exemplo é o horário das 11h, criado para atender a um pedido da PM de São Paulo preocupada em dar conta da segurança pública num dia de protestos na cidade. E o estádio cheio levou a entidade a estipular que poderia ser uma boa jogar numa matinê dominical para trazer outro tipo de público ao estádio.
Imagine, então, se a CBF realmente se preocupasse em pesquisar o perfil do torcedor de futebol, quais as suas preferências e como melhorar o produto do futebol?
Sem comissão de notáveis ou encontro com o mercado, mas atuando de forma a pensar em como fazer o produto ser melhor a partir da percepção do consumidor do esporte?
A maior revelação que a nova conjuntura do futebol faz é a de que há um enorme público com uma demanda reprimida. É o cara que está ávido para consumir o futebol, mas ficou longe dos gramados por não ter lá um local de lazer adequado.
As novas arenas podem ser o ponto de mudança para o futebol. Na marra, temos visto isso. Imagine se houvesse um planejamento?