Sem patrocínio máster há mais de um ano, o São Paulo já pensa em fazer uma “promoção” na sua camisa na tentativa de fechar com alguma empresa para a próxima temporada. O clube quer oferecer três meses de exposição grátis no uniforme, até o final do Brasileirão, com início de pagamento apenas no ano que vem.
No começo do ano, o time do Morumbi chegou a negociar com a Crefisa um patrocínio de R$ 30 milhões. O valor foi considerado alto pela empresa, e o fato de o dono da companhia ser palmeirense acabou pesando para a Crefisa a fechar com o rival do Allianz Parque, por R$ 23 milhões.
Seis meses depois, em um ambiente de retração econômica, o clube diminuiu suas pretensões para R$ 20 milhões. Mesmo assim, está difícil fechar um acordo.
“O clube continua lutando pelo patrocínio máster, mas a gente quer criar novas fontes de receita. Se a gente pegar grandes clubes do mundo, como Barcelona, Bayern de Munique e Real Madrid, eles têm 20, 25 parceiros, mas só 2 ou 3 com exposição em camisa. Daí, quando ficam sem o patrocinador máster, não perdem 100% da receita, mas 20%. Queremos implantar o mesmo no São Paulo”, afirma Carlos Pereira, gerente de marketing e negócios do São Paulo.
Embora não admitido oficialmente, o clube paulista não quer seguir o exemplo dos rivais Santos e Cruzeiro. O time do litoral tem fatiado sua camisa com vários patrocínios pontuais, como forma de arrecadar algum dinheiro. Já o Cruzeiro anunciou patrocínio máster dos Supermercados BH, cujo dono é torcedor do clube, com validade de agosto a dezembro.
“Não sou contra patrocínios pontuais. Posso fazer ações pontuais”, afirma Douglas Schwartzmann, vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo.
O clube fez ações assim com a Copa Airlines, com o lançamento de promoção para sócio-torcedor são-paulino, e irá fazer outra, com a Pedigree, marca de ração, para a adoção de cães.
Por enquanto, o programa de sócio-torcedor é quem mais tem ocupado o espaço nobre no uniforme do clube. “Isso não é para fazer uma média com a torcida. Mostra que valorizamos o programa, que é mais uma fonte de renda para o clube”, aponta Schwartzmann.