Nos últimos meses, as grandes fabricantes de material esportivo fizeram importantes movimentos em busca de uma “digitalização” de suas atuações. Under Armour e Adidas anunciaram a compra de aplicativos que monitoram a prática de atividade física das pessoas, enquanto a Nike aposta no sistema plus criado há 5 anos.
Alheia a isso, a Reebok iniciou neste ano uma campanha em que foca o lado “mais humano” das pessoas. Apostando na prática de atividades físicas extremas, a fabricante abriu mão do digital e tenta ganhar mercado ao explorar a união física das pessoas.
“Ser mais humano é essa ideia de que precisamos voltar ao básico. Nós somos seres físicos, sociais, e queremos reconectar isso. O mundo está muito conectado, muito digital. Mesmo não estando junto nós nos falamos. O tipo de exercício que patrocinamos você não pode contar os passos ou publicar nas redes sociais.Você precisa se encontrar com alguém”, diz Matt O’Toole, CEO da marca: “A Reebok precisa ser conhecida por algo que é realmente autêntico com o que ela é na sua história, e nada é mais autêntico do que o fitness”.
De acordo com o executivo, o foco nesse pensamento levou a marca, há cinco anos, a mudar o investimento. A aposta foi no movimento do Crossfit dentro das academias, nas provas de corrida com obstáculos (Spartan race) e, mais recentemente, no UFC.
“Deixamos para trás diversos esportes tradicionais e migramos para o novo direcionamento do fitness com o crossfit e o MMA. O tamanho da empresa hoje é maior do que quando a Adidas nos comprou, há dez anos”, diz.
Em 2014, o crescimento da marca foi de 15% em faturamento. A estratégia parece ter funcionado.