Como forma de melhorar a governança de entidades esportivas e de controlar melhor seus investimentos no esporte, uma série de empresas irá assinar, dia 28 de outubro, o Pacto pelo Esporte.
O documento foi gestado após um ano de discussões com a participação de entidades como o Instituto Ethos, o LIDE Esporte e a Atletas pelo Brasil. Entre as 25 empresas que participaram das discussões e devem assinar o pacto estão algumas das principais investidoras do esporte nacional, como Bradesco, Coca-Cola, Correios, Itaú, McDonald’s, Nestlé e Vivo, entre outras.
“A história do pacto começou após a aprovação de mudanças na legislação que impôs limite para o mandato de dirigentes e a presença obrigatória de atletas nos conselhos administrativos”, conta a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, presidente da Atletas pelo Brasil, referindo-se ao artigo 18A da Lei Pelé.
A nova regra também impunha uma gestão mais profissional nas entidades esportivas. Por conta disso, as empresas procuraram as ONGs para condicionar o investimento em esporte à maior transparência na gestão de clubes e federações.
“É importante para fortalecer ainda mais um caminho de modernização, transparência e bom uso de recursos. O pacto é um sinal de maturidade no setor. Tem como objetivo ajudar as instituições a terem cada vez melhores resultados e a aumentar a eficiência na gestão. Intenção do pacto é ajudar as instituições a se modernizarem”, afirma Ana Moser.
Segundo Daniela Castro, diretora-executiva da Atletas pelo Brasil, o pacto, além de melhorar a gestão corporativa das entidades esportivas, tem como objetivo estreitar a ligação entre empresas e entidades. “A ideia com isso é aumentar o investimento no esporte. É um setor que precisa se profissionalizar. Justamente porque não queremos que essa relação se rompa após a Olimpíada [do Rio-2016]”, afirma a executiva.