Uma das maiores estrelas do esporte mundial recebeu um pedido de prisão na quinta-feira. Lionel Messi, junto com seu pai, terá que responder por suposta fraude de € 4,1 milhões em sonegação de impostos na Espanha. A acusação já rondava o jogador desde 2013, mas tomou maiores repercussões com a possibilidade de o atleta ficar 22 meses preso.
Mesmo que a medida pareça impensável, Messi e seu estafe terão de amenizar a crise de imagem do jogador. Hoje, ele é o segundo na lista de atletas do futebol com maior faturamento. Segundo a revista Forbes, foram US$ 22 milhões em patrocínio em 2014, com marcas como Adidas, Pepsi e Gillette. Só Cristiano Ronaldo faturou mais do que ele.
Especializado em branding no esporte, o sócio da agência Inspire Sport Business, Eduardo Muniz, comentou a situação do argentino à Máquina do Esporte.
“Esse tipo de episódio só se torna problemático se for algo muito grandioso. Se o fato se desdobrar, aí sim o jogador poderá ter problemas com seus patrocinadores”.
Lionel Messi tem testado seus limites de popularidade. Caso queira inspiração, poderá olhar para o lado. Neymar tem mostrado que um grande astro tem blindagem espessa entre parceiros e público.
Há duas semanas, o brasileiro teve bloqueados R$ 188 milhões, também por suspeita de sonegação de imposto. E esse não é o primeiro escândalo que envolve Neymar. Sua transferência para o Barcelona gerou inúmeros processos e acusações, o que rendeu até pedido de prisão ao presidente do clube catalão.
Neymar faturou US$ 17 milhões em 2014 com contratos publicitários. E, até agora, tem conseguido manter seus acordos. O que é difícil é mensurar o tamanho do limite de ambos os astros. “Será problema se for recorrente. Hoje, o saldo de reputação do Messi é muito alto, a entrega é muito forte”, ponderou Muniz.
Messi ainda segue inabalável, mas a crise já ronda o argentino.