Os patrocinadores do COI (Comitê Olímpico Internacional) irão participar das candidaturas à sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024. A cidades que confirmaram candidatura em setembro foram Paris (França), Roma (Itália), Hamburgo (Alemanha), Los Angeles (Estados Unidos) e Budapeste (Hungria).
A medida é mais uma adotada pelo comitê dentro do processo de reforma da Agenda 2020, lançada no ano passado, que busca controlar o gigantismo e os gastos das cidades-sede dos Jogos Olímpicos, principalmente levanto em conta os orçamentos estratosféricos de Pequim-2008 (US$ 43 bilhões) e Sochi-2014 (US$ 50 bilhões).
Com o envolvimento dos patrocinadores em projetos locais e o fornecimento de know-how, o COI espera reduzir custos para as cidades candidatas.
“Até agora, as empresas não estiveram envolvidas no processo de concorrência. Mas sentimos que seria útil [a participação dos patrocinadores], se isso for feito de forma justa, igualitária e controlada pelo COI, sem nenhuma vantagem para algum dos concorrentes”, afirmou Jacqueline Barrett, dirigente do COI para os Jogos Olímpicos, em entrevista ao site Inside the Games.
As 12 multinacionais que poderão colaborar com as candidaturas são: Coca-Cola, McDonald’s, Atos, Bridgestone, Dow, GE, Panasonic, Samsung, P&G, Omega, Toyota e Visa. De acordo com estimativas, essas empresas devem gerar um faturamento de US$ 2 bilhões para o Movimento Olímpico até os Jogos de Tóquio-2020.
Os patrocinadores irão auxiliar em projetos de educação, informação e conhecimentos especializados para cada um dos cinco candidatos, em igualdade de condições. “Acreditamos que seria útil se se pudesse fazer de uma maneira justa, igualitária e controlada pelo COI”, afirmou o comitê.
Há um mês já asseguraram que o “COI seguirá trabalhando em estreita colaboração com cada cidade candidata para dar-lhes o melhor serviço possível e a assistência no período prévio às eleições”. A resolução se saberá na 130ª assembleia do COI, que será realizada em Lima, no Peru, em 2017.