José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já está sob custódia da Justiça dos Estados Unidos. O dirigente fez um acordo de US$ 15 milhões para ficar em seu apartamento, em Nova York, no decorrer do processo que envolve os direitos de transmissão das edições da Copa América de 2015 a 2023, além da Copa do Brasil, segunda competição mais importante do país, entre 2013 e 2022.
Aos 83 anos, Marin foi apresentado oficialmente ao FBI na última terça-feira (3) e se declarou inocente das acusações. A audiência aconteceu no bairro do Brooklyn e teve a presença de um tradutor que auxiliou o ex-comandante da CBF a responder às perguntas do juiz.
A fiança foi estabelecida em US$ 15 milhões, dos quais 10% foram pagos em dinheiro. O restante vem da penhora de bens de Marin. Pelo acordo, o dirigente está monitorado por uma tornozeleira e só pode sair de casa para consultas médicas e eventos religiosos, sempre acompanhado por agentes do FBI, e se compromete a comparecer a todas as audiências nos EUA. A próxima está marcada para o dia 15 de dezembro.
Marin lutava contra a extradição desde que foi preso em Zurique, na Suíça, no dia 27 de maio. A mudança na postura teve relação com o acordo fechado pelos americanos com o ex-vice-presidente da Fifa e da Concacaf, Jeffrey Webb, que pagou US$ 10 milhões em negociação semelhante.
A partir de agora, Marin aguardará o julgamento em seu apartamento, em um condomínio de luxo na 5ª Avenida, um dos endereços mais cobiçados de Nova York. Ele terá a companhia da mulher, Dona Neusa.