A Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais da África (Anoca) terá um espaço reservado para divulgar o continente durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016. O projeto da Casa África foi detalhado ontem pelo presidente da entidade, o general Lassana Palenfo, da Costa do Marfim, com o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.
“Vamos apoiar os Jogos no Brasil disputando a competição e também participando desse grande evento com a Casa África”, afirmou Palenfo. “Queremos confirmar essa forte ligação entre o Brasil e os países africanos.
A espaço também servirá para a divulgação de uma possível candidatura da África do Sul aos Jogos Olímpicos. O país, que já sediou a primeira Copa do Mundo no continente em 2010, quase entrou na disputa pela sede olímpica de 2024. No entanto, planeja para o futuro uma candidatura mais sólida ao evento.
Durban será sede, em 2022, dos Jogos da Comunidade Britânica, com a participação de 53 países. Será a primeira vez que uma cidade africana é palco da competição.
Será a segunda vez que os países africanos terão espaço dedicado à divulgação de suas culturas durante os Jogos Olímpicos. A iniciativa já foi posta em prática na Olimpíada de Londres, em 2012. O local da Casa África já está definido, mas como o contrato ainda não foi assinado, a Anoca não divulgou seu local. Também não está fechado o número de nações africanas que serão representadas no espaço.
“Para nós, é muito importante que os países da América do Sul e da África estejam bem representados nos Jogos do Rio-2016”, afirmou Ricardo Leyser. “É com muita felicidade que recebemos os planos da Casa África. O Brasil deve muito ao continente. Não só nos Jogos, mas como todo a nossa civilização”, acrescentou o secretário.
A Anoca conta com 54 países filiados e calcula-se que entre 20 e 30 deles irão participar das atividades na Casa África. Durante os Jogos, também haverá uma área de hospitalidade, em outro local, para divulgação de cultura, música e culinária dos países africanos.